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Marvel’s Avengers: Gavião Arqueiro acerta o alvo, mas será o bastante?

 


A Crystal Dynamics lançou no último dia 18 uma grande atualização para Marvel’s Avengers, intitulada Futuro Imperfeito. Ela inclui o Gavião Arqueiro, uma nova região para explorar e algumas missões, tudo inspirado na minissérie Old Man Hawkeye - que por sua vez, é uma continuação de O Velho Logan, que inspirou o melhor filme do Wolverine, Logan.


 

 Eu estava ansioso para jogar nas Wastelands de Futuro Imperfeito, mas já sabia que não encontraria o pós-apocalipse fantástico dos quadrinhos ali, afinal, é muita coisa para se inserir em poucas horas de conteúdo adicional. O que o jogo traz é uma palhinha daquele mundo devastado, com uma mistura de deserto e ruínas, salpicada com destroços de caças, drones e robôs de combate. 

Além das Wastelands futuristas, a nova aventura mostra um pouco do mundinho urbano habitado por Clint Barton nos quadrinhos de hoje, com direito até a uma rápida festa no rooftop com os vizinhos.A aventura é uma continuação direta da anterior, estrelada por Kate Bishop, a Gaviã Arqueira dos Jovens Vingadores. É difícil ignorar a sensação de que os dois conteúdos deveriam ter saído juntos, ou ao menos, bem mais próximos. Os personagens são parecidos e suas tramas são conectadas. Teria funcionado melhor.

 

Assista ao vídeo  

                                                                                      

Por falar em personagens parecidos, Clint é basicamente o mesmo tipo de herói que Kate: ele dispara flechas e golpeia com uma katana. Porém, enquanto ela se teleporta e é cheia de gadgets tecnológicos, ele é mais acrobático, cheio de esquivas e flechas especiais - inclusive as infames flechas-bumerangue. Um aventureiro da “velha guarda”, por assim dizer. E conforme você libera suas habilidades avançadas, o repertório de golpes especiais aumenta e distancia ainda mais os dois personagens. Conseguir diferenciar um do outro é um dos méritos da Crystal Dynamics neste lançamento.



Há dois Gaviões jogáveis na campanha: o Velho Hawkeye, amargurado e deprimido com o fim do mundo e a morte de todos os seus amigos, que dedica seus dias a procurar por Nick Fury em algum lugar da América desolada, e o jovem e fanfarrão Clint Barton, que é quem o jogador vai controlar pela maior parte da aventura. As interações entre os dois e entre eles e Kate Bishop são excelentes e mostram que a Crystal Dynamics sabe dar aquele toque de humor Marvel ao jogo quando quer.

 

Depois de duas ou três horas (dependendo do jogador ir atrás dos objetivos secundários de cada fase) a campanha chega ao fim, com uma batalha com o grandalhão Maestro - um Hulk futurista realmente grande, mas bem mal aproveitado  - e um gancho para o que vem por aí na trama do jogo, ligando o fim do mundo de Clint Barton com os eventos do jogo original e o Cubo Cósmico.

 

Há o que fazer depois? Com certeza, mas nada diferente do que os jogadores já experimentaram. A progressão continua a mesma, assim como as velhas missões para “grindar” níveis e equipamentos melhores para… o que mesmo? Pois é. Ao menos a progressão não ficou mais lenta, ao contrário do que foi dito pelos desenvolvedores. Se houve algum ajuste nesse sentido, é imperceptível.


Por Pablo Raphael


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